Perguntas sobre incorporação, mediunidade anímica e exus.
Estudante: Bom, estou evoluindo no aprendizado, agora me seria de grande valia saber sobre a natureza da manifestação medianímica e da formação e atuação dos forma-pensamento. Quando li vossa explicação sobre ser os formas-pensamento a manifestação anímica do médium, logo me veio a lembrança de uma explicação que lí no site de um tal Babalorixá sobre o fenômeno da incorporação:
"Vejam como funciona: existe uma fusão do espirito do médium com o espírito comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre, a união de ambos, terá uma terceira qualidade.
É impossível a comunicação pura do espírito. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade."
Julgo essa explicação um tanto simplória, mas com sentido. Não creio que seja realmente uma fusão da alma comunicante com a alma do médium.
Frater Magister: Bom meu caro, vamos começar aqui a dividir os princípios se você pretende ser um estudioso do mundo oculto. Primeiramente não estamos aqui tratando de almas, e sim de espíritos. A alma é o princípio imortal, Nephesh, o sopro do Criador, o princípio e a fonte de toda a sabedoria acumulada de todas as nossas existências. O espírito é o ego, é o João da Silva por exemplo. O que anima o corpo é o espírito e o que anima o espírito é a alma, falando a grosso modo. O espírito é forjado pelas soma das experiências dessa única existência e de pequenos nuances compreendidos por informações genéticas e espirituais.Você não tem a mínima noção de quem foi em vidas pregressas, ou se tiver, é apenas uma pequena lembrança situado no principal elemento do espírito onde a alma imortal reside denominado de akasha. Bom, mas posso estar complicando as coisas para você, então é mais importante nesse momento que você entenda que de uma vida para outra muitos egos animaram os corpos em que viveu no plano físico, e a cada ego você acumulou mais ou menos conhecimentos que passaram a enriquecer a sua alma em sabedoria. Pois bem, toda manifestação se dá realmente pelo que chamamos de ternário, ou seja, energia, espírito e matéria. Obviamente seu espírito não deixa o seu corpo numa incoporação, mas é a energia do espírito que incorpora que o moverá. Entenda a seguinte analogia: Imagine um cavalo, um cocheiro e uma carroça. Ora, para vc animar e movimentar a carroça (corpo físico), necessitará do cavalo (energia), que consequentemente é movido pelo cocheiro (espírito) que dá a direção e orientação que deseja a carroça( corpo físico). Sim, daí fica fácil para entender, o espírito que incorpora poderia sentar ao lado do cocheiro e transmitir o que deseja, como pode pegar as rédeas da carroça e dirigir sua energia movimentando o corpo físico. Os graus dessa incorporação variam de acordo com o grau de comando do espírito sobre o medium. Creio que agora ficaria mais simples entender o processo.
Estudante: Mas seria algo realmente como o café e o leite, se compararmos o café com a atuação do espírito comunicante, o leite ao animismo mediúnico e a mistura dos dois à energia final. Assim, para se obter um café-com-leite, necessariamente, se torna presciso ter uma quantidade de leite, mesmo que seja mínima. Outrossim, não existe manifestação psicofônica ou psicográfica sem animismo, sendo assim, uma manifestação medianímica.
Frater Magister: Seguindo o exemplo acima, o medium anímico teria a capacidade de criar um ego artificial com as características incorporadas por observação. Ora, o Caboclo x, vem grita, bate no peito e lança sua flecha invisível no momento da incorporação, o medium anímico motivado pelo encanto mágicko e magnético do rito, do local, dos pontos cantados, dos odores da defumação, etc. Esse estado de êxtase mediúnico o lança num contato com o seu subconsciente, podendo resgatar em parte os conhecimentos da alma aplicando-os no seu trabalho mediúnico.
Estudante: Quando este animismo é de baixo grau ou passivo(geralmente inconsciente), não influi significativamente na atuação do espírito comunicante, e seria a incorporação natural de uma alma. - de um espírito. Quando de auto grau ou ativo(geralmente consciente) influi significativamente na atuação do espírito comunicante, é aquilo que eu conheço como meia-canga - porém não acredito ter a ver o grau de desenvolvimento do médium com mediunismo inconsciente ou semi-inconciente, e o médium mais desenvolvido é o menos anímico.
Frater Magister: De fato a mediunidade passa de inconsciente para consciente com o devido tempo, pois quanto mais o medium evolui menos necessidade ele tem de incorporação plena, e cada vez mais vai existindo uma simbiose do médium com o espírito. Despertam-se cada vez mais os dons adormecidos no medium, clarividência, clariaudiência, premonições, sem a necessidade da intervenção constante do espírito, e isso se dá pois o fenômeno da incorporação favorece a ascensão da energia kundalínea que irá irrigar a hipófise, a glandula pineal e os chacras de maneira geral.
Estudante: Creio que o problema desta terceira energia começa(talvéz não necessáriamente) quando o espírito passa a sua comunicação com menor intensidade - talvéz pelo médium, ainda em desenvolvimento, ser muito anímico e afim de "acostumá-lo" - e o médium começa a "agir por sí só" acreditanto piamente ser o espiríto a comunicar-se. E esta atitude, da parte do médium, gera uma força telemática capaz de criar uma forma de vida e inteligência artificial, que quanto mais tempo, tanto mais força e forma fluidica toma, passando a nutrir-se com as energias do médium, tornando-se um vampiro, e podendo até avivar um possível cascão que encontrar.
Frater Magister: Não, aqui você coloca a mediunidade anímica como algo pernicioso ao médium, coisa que não é. Segundo que a forma-pensamento não irá vampirizar o medium e nem mesmo avivar um cascão astral, ou larva, uma vez que este já seja avivado por força do ego do espírito falecido. Note uma sensível diferença, eu disse - o cascão astral foi avivado por força do ego inferior do espírito essencialmente preso a matéria e pelos parentes do espírito, mantendo suas características enquanto vivia, só que nutrindo-se da bioenergia de seus "parentes" que "colaboraram" em avivá-lo, bem como, de todas as pessoas que por desequilíbrio energético possam fornecer-lhes essa energia. Eles são larvas astrais, vampiros de energia. Eles podem incorporar ao medium para nutrirem-se também, desde que o médium esteja em desequilíbrio energético também. Tudo é uma lei de atração. Já o medium bem intencionado e equilibrado, poderá criar uma forma-pensamento salutar e desenvolver um excelente trabalho mediúnico desde que aprimore-se cada vez mais. Estudante: A partir daí acho justo o afastamento do espírito guia por ter sido consciente a atuação do médium, consciente não por criar o forma-pensamento, mas por agir por sí só.
Estudante: Gostaria de saber se é realmente assim que se dão estes fenômenos. Se sim, me explicaria como funciona na prática algumas dúvidas e experiências vividas, como por exemplo, o motivo de se dar na apostila esta como uma religião thelêmica, e apesar de eu crêr que vai além disso, me explica pelo menos uma parte, ou me dá no mínimo uma referência.
Frater Magister: Sim, da no mínimo uma referência desde que entenda o real significado da filosofia telêmica. Nossos ensaios passam muitos aspectos dessa filosofia.
Estudante: Permita-me elucidar apenas mais alguns pontos sobre este assunto, e acho que dou-me por encerrado o tema:
Frater Magister: Bom J., vamos começar aqui a dividir os princípios se você pretende ser um estudioso do mundo oculto. Primeiramente não estamos aqui tratando de almas, e sim de espíritos. A alma é o princípio imortal, Nephesh, o sopro do Criador, o princípio e a fonte de toda a sabedoria acumulada de todas as nossas existências. O espírito é o ego, é o João Paulo por exemplo. O que anima o corpo é o espírito e o que anima o espírito é a alma, falando a grosso modo. O espírito é forjado pelas soma das experiências dessa única existência e de pequenos nuances compreendidos por informações genéticas e espirituais. Você não tem a mínima noção de quem foi em vidas pregressas, ou se tiver, é apenas uma pequena lembrança situado no principal elemento do espírito onde a alma imortal reside denominado de akasha. Bom, mas posso estar complicando as coisas para você, então é mais importante nesse momento que você entenda que de uma vida para outra muitos egos animaram os corpos em que viveu no plano físico, e a cada ego você acumulou mais ou menos conhecimentos que passaram a enriquecer a sua alma em sabedoria.
Estudante: Assim como eu imaginava, perfeitamente, o princípio de alma. Eu apenas usava o termo por receio da palavra Espírito se tornar um tanto elástica e motivo de qualquer confusão mínima, visto que estou me referindo apenas a espíritos de pessoas desencarnadas, e não qualquer outra forma de energia.
Frater Magister: Entendido, mas já que vc está aqui para aprender, nada melhor do que usar a terminologia de forma correta, e esse é o primeiro princípio para assimilar os conceitos de natureza oculta.
Estudante: Acho que estou entendendo a natureza de todo o processo, mas veja, creio que de um medium mal intencionado, ou mal dirigido, ou com intensões egóicas só pode por formar uma terceira energia da mesma natureza ou atrair para sí espíritos da mesma natureza. Desta forma, creio que também um bom trabalho, bem como a segurança do templo dependa da índole e das intenções de todos os médiuns, principalmente do dirigente da casa, claro. Assim, pessoas retas realizam um trabalho reto, pessoas tortas realizam um trabalho torto. Sem generalizar, realmente creio que é basicamente assim.
Frater Magister: Bom, você está preso a conceitos do bem e do mal, do certo e do errado. Convém deixá-los, digo, esses conceitos, para suas atitudes pessoais na conformidade daquilo que acredita. Já no que tange a Ocultismo, bem e mal são conceitos relativos e é fácil provar isso com uma ou duas analogias.
Médiuns podem trabalhar com forças telúricas e energias trevosas de forma muito eficiente, dentro da sua esfera de ação, podem curar ou causas males.
Estudante: Acredito que quase todo médium bem-intencionado gostaria de uma incorporação onde ficaria, consciente ou inconsciente, "submisso" ao espírito comunicante, dando a este total liberdade para agir, tendo assim uma incorporação o menos anímica possível.
Frater Magister: De novo vc se perdeu em conceitos de natureza religiosa ou de crença pessoal. Mediunidade ou dons espirituais não são diretamente proporcionais a intenção do medium. Ele pode ser um medium anímico e praticar feitiçaria destrutiva de forma bem eficiente. Não estamos aqui julgando, apenas tratando das relações ocultas entre médiuns e o plano astral. Não existe isso de para o "bonzinho" dá tudo certo, para o "malzinho" dá tudo errado. Pois se pensar assim, vai acabar se surpreendendo na hora que precisar usar seus dons para quebrar um potente trabalho de feitiçaria ou magia negra (falando popularmente, pois o termo mais correto seria magia contrária).
O que deve ser analisado é a metodologia da eficiência, então coloque na cabeça que o medium "mal intencionado" pode ser um medium muito eficiente e fazer trabalhos igualmente eficientes. Para isso basta que ele tenha, foco, conhecimento do que faz, vontade forte, bem direcionada e desenvolvida.
Estudante: Para um bom magista isso deve ocorrer de acordo com a vontade consciente dele. Agora como um médium pouco experiente, mal instruído e inseguro seja capaz de conseguir isso atravéz de uma incorporação semi-consciente (como é meu caso)?
Frater Magister: Bom, insegurança e desconhecimento são realmente fatores limitantes em qualquer coisa que faça em sua vida e isso é bastante óbvio.
Estudante: Uma outra pergunta: É possível desenvolver nossas potencialidades ou dons sem incroporar, talvéz atravéz de exercícios a fim de "domesticar" a mente e explorar ao máximo as potencialidades do espírito, ou atravéz de pactos para os devidos fins? Francisco, de fato, o que é um kiumba? Já que esta entidade trevosa não necessáriamente prescisa ser um espírito desencarnado.
Frater Magister: Os kiumbas são seres de baixa estirpe espiritual, podendo ser um espírito desencarnado, uma larva ou cascão astral, ou até mesmo seres artificiais também conhecido por seres elementares (não confundir com elementais - gnomos, silfos, salamandras, ondinas,etc.). Normalmente os Exus fazem uso desses seres e os atam como servos astrais a sua estrutura de comando.
Estudante: Compreendo. Existe um certo preconceito por parte de quem "sabe" muito, aceitar algumas verdades de quem estuda para conhecer um pouco. O pai-de-santo da antiga casa que eu frequentava afirmava veementemente que kiumbas eram espíritos desencarnados sem luz e voltados a práticas para o mal, indistintamente. Bom, nunca questionei-o, afinal como ele sempre dizia, se ele não soubesse não seria pai-de-santo.Também já ouvi e lí alguma coisa sobre um suposto culto de magia negra denominado kiumbanda, que seria semelhante a umbanda e quimbanda, porém com a manifestação apenas de kiumbas. Me pareceu em muito "assimilado" com uma também suposta quimbanda baixa, ou quimbanda negra ou simplesmente a quimbanda, e esta por sua vez de fato é confundida com a segunda linha da umbanda - diz este mesmo pai-de-santo que não existe exu de umbanda. Mas apesar de tudo ele realiza trabalhos realmente eficientes, e eu não tenho conhecimento sobre a existencia de quimbanda baixa ou negra, apenas ouvi alguns boatos ou devo lido em algum lugar.
Frater Magister:A verdade é obtida no campo das experimentações. Já o que disse seu pai-de-santo sobre os kiumbas é correto mas incompleto conforme eu mencionei acima.Este termo Kiumbanda é apenas uma derivação incorreta. Não se trata de um culto de kiumbas, culto esse que não faria nenhum sentido, uma vez que tais seres sejam de fato de baixa estirpe espiritual.Não existe Kimbanda baixa, nem alta, nem coisa semelhante. Ela é o culto dos Exus que trabalham livremente sem estarem atados aos Guias e Orixás de Umbanda.A esquerda de Umbanda existe sim, porém ela não é Kimbanda, e nem os exus de Umbanda são os mesmos da Kimbanda. São cultos diferentes onde cada um baixa onde tiver mais sintonia com seu estado vibratório, o que não quer dizer mais ou menos evolução.Isso é óbvio, é isso afinal que os Magos fazem. Incorporar ou não incorporar são meros detalhes para o Mago. Faça tudo como um complemento de seus estudos, toda experiência é válida. Ninguém precisa ir contra sua própria natureza. Deixe fluir! Tudo se baseia no poder da "Vontade".
Estudante: Caro Frater pelo que li a pesoa que tem a incorporação conciente é mais evoluida que a pessoa que tem a incorporação inconciente.Melhor exemplo de ego que pude ter e entender perfeitamente. o ego é Jõao de tal... perfeito. alto e claro.Exemplo do cavalo...carroça tb muito valido.Eu sou médium que tem a incorporação conciente.....por exemplo sabado vai ter uma gira de esù.... e tudo que ele faz eu vejo e escuto...ate suas palavras falada que eu não entendo nada.
No começo não só com esù..mas caboclo etc...eu pensava será que sou eu? pq agente fica em duvida...se preocupa....mas aprendi em confiar mais no companheiro e deixar a mente limpa e não se preocupar independente do que ele estiver fazendo ou ate de algo "cavernoso" penso assim ele sabe que ta fazendo.....confiar no companheiro é um fato muito importante sempre....e claro manter sempre a calma e tb conversar mentalmente com ele que conserteza ele esta "ouvindo".
Amo muito que pratico ...amo todos companheiros guias...de fato a incorporação conciente é mais evolutiva que a inconciente???
De fato é verdade pq como sou tb medium de transporte...e uma vez um kiumba me pegou e não fiquei conciente.....este egum me pegou era uma alma certo?
De fato a incorporação consciente é mais evoluída que a inconsciente?
Frater Magister: De fato é! E é muito simples de ser entendido, pois ao trabalharmos espiritualmente também buscamos o nosso aperfeiçoamento interior. Isso de fato só é possível se a incorporação se der numa simbiose perfeita entre médium e espírito sem a necessidade de possessões grosseiras ou inconsciência plena do médium.
Assim o médium se aperfeiçoa poderá chegar ao ponto de praticamente nem necessitar de incorporação para ministrar uma consulta por exemplo. Seus dons, a vidência e a sensibilidade mediúnica irão aflorar mais e mais naturalmente.
Estudante : De fato é verdade pq como sou tb medium de transporte...e uma vez um kiumba me pegou e não fiquei consciente.....este egum me pegou era uma alma certo?
Frater Magister: O kiumba é uma entidade trevosa geralmente utilizado por exus como servos astrais. Nem todo Egum é um kiumba, nem todo kiumba é um egum. O Egum é um espírito desencarnado, que teve existência física no orbe terrestre. Creio que vc não entendeu minha explicação sobre a alma e espírito, releia acima.
"Vejam como funciona: existe uma fusão do espirito do médium com o espírito comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre, a união de ambos, terá uma terceira qualidade.
É impossível a comunicação pura do espírito. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade."
Julgo essa explicação um tanto simplória, mas com sentido. Não creio que seja realmente uma fusão da alma comunicante com a alma do médium.
Frater Magister: Bom meu caro, vamos começar aqui a dividir os princípios se você pretende ser um estudioso do mundo oculto. Primeiramente não estamos aqui tratando de almas, e sim de espíritos. A alma é o princípio imortal, Nephesh, o sopro do Criador, o princípio e a fonte de toda a sabedoria acumulada de todas as nossas existências. O espírito é o ego, é o João da Silva por exemplo. O que anima o corpo é o espírito e o que anima o espírito é a alma, falando a grosso modo. O espírito é forjado pelas soma das experiências dessa única existência e de pequenos nuances compreendidos por informações genéticas e espirituais.Você não tem a mínima noção de quem foi em vidas pregressas, ou se tiver, é apenas uma pequena lembrança situado no principal elemento do espírito onde a alma imortal reside denominado de akasha. Bom, mas posso estar complicando as coisas para você, então é mais importante nesse momento que você entenda que de uma vida para outra muitos egos animaram os corpos em que viveu no plano físico, e a cada ego você acumulou mais ou menos conhecimentos que passaram a enriquecer a sua alma em sabedoria. Pois bem, toda manifestação se dá realmente pelo que chamamos de ternário, ou seja, energia, espírito e matéria. Obviamente seu espírito não deixa o seu corpo numa incoporação, mas é a energia do espírito que incorpora que o moverá. Entenda a seguinte analogia: Imagine um cavalo, um cocheiro e uma carroça. Ora, para vc animar e movimentar a carroça (corpo físico), necessitará do cavalo (energia), que consequentemente é movido pelo cocheiro (espírito) que dá a direção e orientação que deseja a carroça( corpo físico). Sim, daí fica fácil para entender, o espírito que incorpora poderia sentar ao lado do cocheiro e transmitir o que deseja, como pode pegar as rédeas da carroça e dirigir sua energia movimentando o corpo físico. Os graus dessa incorporação variam de acordo com o grau de comando do espírito sobre o medium. Creio que agora ficaria mais simples entender o processo.
Estudante: Mas seria algo realmente como o café e o leite, se compararmos o café com a atuação do espírito comunicante, o leite ao animismo mediúnico e a mistura dos dois à energia final. Assim, para se obter um café-com-leite, necessariamente, se torna presciso ter uma quantidade de leite, mesmo que seja mínima. Outrossim, não existe manifestação psicofônica ou psicográfica sem animismo, sendo assim, uma manifestação medianímica.
Frater Magister: Seguindo o exemplo acima, o medium anímico teria a capacidade de criar um ego artificial com as características incorporadas por observação. Ora, o Caboclo x, vem grita, bate no peito e lança sua flecha invisível no momento da incorporação, o medium anímico motivado pelo encanto mágicko e magnético do rito, do local, dos pontos cantados, dos odores da defumação, etc. Esse estado de êxtase mediúnico o lança num contato com o seu subconsciente, podendo resgatar em parte os conhecimentos da alma aplicando-os no seu trabalho mediúnico.
Estudante: Quando este animismo é de baixo grau ou passivo(geralmente inconsciente), não influi significativamente na atuação do espírito comunicante, e seria a incorporação natural de uma alma. - de um espírito. Quando de auto grau ou ativo(geralmente consciente) influi significativamente na atuação do espírito comunicante, é aquilo que eu conheço como meia-canga - porém não acredito ter a ver o grau de desenvolvimento do médium com mediunismo inconsciente ou semi-inconciente, e o médium mais desenvolvido é o menos anímico.
Frater Magister: De fato a mediunidade passa de inconsciente para consciente com o devido tempo, pois quanto mais o medium evolui menos necessidade ele tem de incorporação plena, e cada vez mais vai existindo uma simbiose do médium com o espírito. Despertam-se cada vez mais os dons adormecidos no medium, clarividência, clariaudiência, premonições, sem a necessidade da intervenção constante do espírito, e isso se dá pois o fenômeno da incorporação favorece a ascensão da energia kundalínea que irá irrigar a hipófise, a glandula pineal e os chacras de maneira geral.
Estudante: Creio que o problema desta terceira energia começa(talvéz não necessáriamente) quando o espírito passa a sua comunicação com menor intensidade - talvéz pelo médium, ainda em desenvolvimento, ser muito anímico e afim de "acostumá-lo" - e o médium começa a "agir por sí só" acreditanto piamente ser o espiríto a comunicar-se. E esta atitude, da parte do médium, gera uma força telemática capaz de criar uma forma de vida e inteligência artificial, que quanto mais tempo, tanto mais força e forma fluidica toma, passando a nutrir-se com as energias do médium, tornando-se um vampiro, e podendo até avivar um possível cascão que encontrar.
Frater Magister: Não, aqui você coloca a mediunidade anímica como algo pernicioso ao médium, coisa que não é. Segundo que a forma-pensamento não irá vampirizar o medium e nem mesmo avivar um cascão astral, ou larva, uma vez que este já seja avivado por força do ego do espírito falecido. Note uma sensível diferença, eu disse - o cascão astral foi avivado por força do ego inferior do espírito essencialmente preso a matéria e pelos parentes do espírito, mantendo suas características enquanto vivia, só que nutrindo-se da bioenergia de seus "parentes" que "colaboraram" em avivá-lo, bem como, de todas as pessoas que por desequilíbrio energético possam fornecer-lhes essa energia. Eles são larvas astrais, vampiros de energia. Eles podem incorporar ao medium para nutrirem-se também, desde que o médium esteja em desequilíbrio energético também. Tudo é uma lei de atração. Já o medium bem intencionado e equilibrado, poderá criar uma forma-pensamento salutar e desenvolver um excelente trabalho mediúnico desde que aprimore-se cada vez mais. Estudante: A partir daí acho justo o afastamento do espírito guia por ter sido consciente a atuação do médium, consciente não por criar o forma-pensamento, mas por agir por sí só.
Estudante: Gostaria de saber se é realmente assim que se dão estes fenômenos. Se sim, me explicaria como funciona na prática algumas dúvidas e experiências vividas, como por exemplo, o motivo de se dar na apostila esta como uma religião thelêmica, e apesar de eu crêr que vai além disso, me explica pelo menos uma parte, ou me dá no mínimo uma referência.
Frater Magister: Sim, da no mínimo uma referência desde que entenda o real significado da filosofia telêmica. Nossos ensaios passam muitos aspectos dessa filosofia.
Estudante: Permita-me elucidar apenas mais alguns pontos sobre este assunto, e acho que dou-me por encerrado o tema:
Frater Magister: Bom J., vamos começar aqui a dividir os princípios se você pretende ser um estudioso do mundo oculto. Primeiramente não estamos aqui tratando de almas, e sim de espíritos. A alma é o princípio imortal, Nephesh, o sopro do Criador, o princípio e a fonte de toda a sabedoria acumulada de todas as nossas existências. O espírito é o ego, é o João Paulo por exemplo. O que anima o corpo é o espírito e o que anima o espírito é a alma, falando a grosso modo. O espírito é forjado pelas soma das experiências dessa única existência e de pequenos nuances compreendidos por informações genéticas e espirituais. Você não tem a mínima noção de quem foi em vidas pregressas, ou se tiver, é apenas uma pequena lembrança situado no principal elemento do espírito onde a alma imortal reside denominado de akasha. Bom, mas posso estar complicando as coisas para você, então é mais importante nesse momento que você entenda que de uma vida para outra muitos egos animaram os corpos em que viveu no plano físico, e a cada ego você acumulou mais ou menos conhecimentos que passaram a enriquecer a sua alma em sabedoria.
Estudante: Assim como eu imaginava, perfeitamente, o princípio de alma. Eu apenas usava o termo por receio da palavra Espírito se tornar um tanto elástica e motivo de qualquer confusão mínima, visto que estou me referindo apenas a espíritos de pessoas desencarnadas, e não qualquer outra forma de energia.
Frater Magister: Entendido, mas já que vc está aqui para aprender, nada melhor do que usar a terminologia de forma correta, e esse é o primeiro princípio para assimilar os conceitos de natureza oculta.
Estudante: Acho que estou entendendo a natureza de todo o processo, mas veja, creio que de um medium mal intencionado, ou mal dirigido, ou com intensões egóicas só pode por formar uma terceira energia da mesma natureza ou atrair para sí espíritos da mesma natureza. Desta forma, creio que também um bom trabalho, bem como a segurança do templo dependa da índole e das intenções de todos os médiuns, principalmente do dirigente da casa, claro. Assim, pessoas retas realizam um trabalho reto, pessoas tortas realizam um trabalho torto. Sem generalizar, realmente creio que é basicamente assim.
Frater Magister: Bom, você está preso a conceitos do bem e do mal, do certo e do errado. Convém deixá-los, digo, esses conceitos, para suas atitudes pessoais na conformidade daquilo que acredita. Já no que tange a Ocultismo, bem e mal são conceitos relativos e é fácil provar isso com uma ou duas analogias.
Médiuns podem trabalhar com forças telúricas e energias trevosas de forma muito eficiente, dentro da sua esfera de ação, podem curar ou causas males.
Estudante: Acredito que quase todo médium bem-intencionado gostaria de uma incorporação onde ficaria, consciente ou inconsciente, "submisso" ao espírito comunicante, dando a este total liberdade para agir, tendo assim uma incorporação o menos anímica possível.
Frater Magister: De novo vc se perdeu em conceitos de natureza religiosa ou de crença pessoal. Mediunidade ou dons espirituais não são diretamente proporcionais a intenção do medium. Ele pode ser um medium anímico e praticar feitiçaria destrutiva de forma bem eficiente. Não estamos aqui julgando, apenas tratando das relações ocultas entre médiuns e o plano astral. Não existe isso de para o "bonzinho" dá tudo certo, para o "malzinho" dá tudo errado. Pois se pensar assim, vai acabar se surpreendendo na hora que precisar usar seus dons para quebrar um potente trabalho de feitiçaria ou magia negra (falando popularmente, pois o termo mais correto seria magia contrária).
O que deve ser analisado é a metodologia da eficiência, então coloque na cabeça que o medium "mal intencionado" pode ser um medium muito eficiente e fazer trabalhos igualmente eficientes. Para isso basta que ele tenha, foco, conhecimento do que faz, vontade forte, bem direcionada e desenvolvida.
Estudante: Para um bom magista isso deve ocorrer de acordo com a vontade consciente dele. Agora como um médium pouco experiente, mal instruído e inseguro seja capaz de conseguir isso atravéz de uma incorporação semi-consciente (como é meu caso)?
Frater Magister: Bom, insegurança e desconhecimento são realmente fatores limitantes em qualquer coisa que faça em sua vida e isso é bastante óbvio.
Estudante: Uma outra pergunta: É possível desenvolver nossas potencialidades ou dons sem incroporar, talvéz atravéz de exercícios a fim de "domesticar" a mente e explorar ao máximo as potencialidades do espírito, ou atravéz de pactos para os devidos fins? Francisco, de fato, o que é um kiumba? Já que esta entidade trevosa não necessáriamente prescisa ser um espírito desencarnado.
Frater Magister: Os kiumbas são seres de baixa estirpe espiritual, podendo ser um espírito desencarnado, uma larva ou cascão astral, ou até mesmo seres artificiais também conhecido por seres elementares (não confundir com elementais - gnomos, silfos, salamandras, ondinas,etc.). Normalmente os Exus fazem uso desses seres e os atam como servos astrais a sua estrutura de comando.
Estudante: Compreendo. Existe um certo preconceito por parte de quem "sabe" muito, aceitar algumas verdades de quem estuda para conhecer um pouco. O pai-de-santo da antiga casa que eu frequentava afirmava veementemente que kiumbas eram espíritos desencarnados sem luz e voltados a práticas para o mal, indistintamente. Bom, nunca questionei-o, afinal como ele sempre dizia, se ele não soubesse não seria pai-de-santo.Também já ouvi e lí alguma coisa sobre um suposto culto de magia negra denominado kiumbanda, que seria semelhante a umbanda e quimbanda, porém com a manifestação apenas de kiumbas. Me pareceu em muito "assimilado" com uma também suposta quimbanda baixa, ou quimbanda negra ou simplesmente a quimbanda, e esta por sua vez de fato é confundida com a segunda linha da umbanda - diz este mesmo pai-de-santo que não existe exu de umbanda. Mas apesar de tudo ele realiza trabalhos realmente eficientes, e eu não tenho conhecimento sobre a existencia de quimbanda baixa ou negra, apenas ouvi alguns boatos ou devo lido em algum lugar.
Frater Magister:A verdade é obtida no campo das experimentações. Já o que disse seu pai-de-santo sobre os kiumbas é correto mas incompleto conforme eu mencionei acima.Este termo Kiumbanda é apenas uma derivação incorreta. Não se trata de um culto de kiumbas, culto esse que não faria nenhum sentido, uma vez que tais seres sejam de fato de baixa estirpe espiritual.Não existe Kimbanda baixa, nem alta, nem coisa semelhante. Ela é o culto dos Exus que trabalham livremente sem estarem atados aos Guias e Orixás de Umbanda.A esquerda de Umbanda existe sim, porém ela não é Kimbanda, e nem os exus de Umbanda são os mesmos da Kimbanda. São cultos diferentes onde cada um baixa onde tiver mais sintonia com seu estado vibratório, o que não quer dizer mais ou menos evolução.Isso é óbvio, é isso afinal que os Magos fazem. Incorporar ou não incorporar são meros detalhes para o Mago. Faça tudo como um complemento de seus estudos, toda experiência é válida. Ninguém precisa ir contra sua própria natureza. Deixe fluir! Tudo se baseia no poder da "Vontade".
Estudante: Caro Frater pelo que li a pesoa que tem a incorporação conciente é mais evoluida que a pessoa que tem a incorporação inconciente.Melhor exemplo de ego que pude ter e entender perfeitamente. o ego é Jõao de tal... perfeito. alto e claro.Exemplo do cavalo...carroça tb muito valido.Eu sou médium que tem a incorporação conciente.....por exemplo sabado vai ter uma gira de esù.... e tudo que ele faz eu vejo e escuto...ate suas palavras falada que eu não entendo nada.
No começo não só com esù..mas caboclo etc...eu pensava será que sou eu? pq agente fica em duvida...se preocupa....mas aprendi em confiar mais no companheiro e deixar a mente limpa e não se preocupar independente do que ele estiver fazendo ou ate de algo "cavernoso" penso assim ele sabe que ta fazendo.....confiar no companheiro é um fato muito importante sempre....e claro manter sempre a calma e tb conversar mentalmente com ele que conserteza ele esta "ouvindo".
Amo muito que pratico ...amo todos companheiros guias...de fato a incorporação conciente é mais evolutiva que a inconciente???
De fato é verdade pq como sou tb medium de transporte...e uma vez um kiumba me pegou e não fiquei conciente.....este egum me pegou era uma alma certo?
De fato a incorporação consciente é mais evoluída que a inconsciente?
Frater Magister: De fato é! E é muito simples de ser entendido, pois ao trabalharmos espiritualmente também buscamos o nosso aperfeiçoamento interior. Isso de fato só é possível se a incorporação se der numa simbiose perfeita entre médium e espírito sem a necessidade de possessões grosseiras ou inconsciência plena do médium.
Assim o médium se aperfeiçoa poderá chegar ao ponto de praticamente nem necessitar de incorporação para ministrar uma consulta por exemplo. Seus dons, a vidência e a sensibilidade mediúnica irão aflorar mais e mais naturalmente.
Estudante : De fato é verdade pq como sou tb medium de transporte...e uma vez um kiumba me pegou e não fiquei consciente.....este egum me pegou era uma alma certo?
Frater Magister: O kiumba é uma entidade trevosa geralmente utilizado por exus como servos astrais. Nem todo Egum é um kiumba, nem todo kiumba é um egum. O Egum é um espírito desencarnado, que teve existência física no orbe terrestre. Creio que vc não entendeu minha explicação sobre a alma e espírito, releia acima.
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