Sobre Ressurreição
Todos os Grandes Iniciados ou Avatáres, mesmo que disfarçadamente, possuem circunstâncias idênticas em suas vidas e na misticidade que as cercam. Os antigos sempre representaram seus reis, deuses ou heróis ou mesmo aqueles que tivessem no dom da palavra, o dom de cativar
multidões, como Salvadores Divinos. Todos são tentados, perseguidos e matam sua personalidade física ou em seu ego inferior, para após enfrentarem os reinos da tentação, do desejo e da matéria e descerem literalmente ao inferno (abismo), ressurgem para a sua Ressureição Espiritual, voltando glorificados como deuses, tendo assimilados para si a condição de Chrestos ou Cristo(Ungido). Se tornam então um dos Magus ou avatáres daquele determinado Aeon de tempo.
multidões, como Salvadores Divinos. Todos são tentados, perseguidos e matam sua personalidade física ou em seu ego inferior, para após enfrentarem os reinos da tentação, do desejo e da matéria e descerem literalmente ao inferno (abismo), ressurgem para a sua Ressureição Espiritual, voltando glorificados como deuses, tendo assimilados para si a condição de Chrestos ou Cristo(Ungido). Se tornam então um dos Magus ou avatáres daquele determinado Aeon de tempo.
Assim é importante compreender a grande maioria dos sentidos alegóricos que se encerram a grande maioria das Escrituras Sagradas.
Existe entretanto alguns mistérios que cercam o limiar entre a vida e a morte que a grande maioria desconhece as causas e os efeitos. É comum ter-se ouvido falar de casos de pacientes terminais em que "milagrosamente" são curados. Isto tudo é muito bem explicado a luz do esoterismo e das Ciências Arcanas.
M. Blavatsky conta uma interessante passagem enquanto conviveu num mosteiro do Tibet. Eles realizaram um experimento impregnando um cadáver em estágio avançado de decomposição com um elemental,fazendo-o ressucitar por um determinado tempo.
No livro da Magia de Abramelin, Abraham o judeu conta um episódio em que ressuscitou um membro da nobreza prolongando sua existência física por mais sete anos, segundo ele tempo limite para a realização No caso, por exemplo, da crônica de Jesus da Via Crucis ao Gólgota, está enxertada com a realidade do final da trilha evolutiva da alma humana pela vida material (a cruz)em que o espírito está crucificado por muitas encarnações neste Mundo(Gólgota).Nos "3 dias do sepulcro" (três ciclos indeterminados de tempo evolutivo de cada alma) o Jesus material é desmaterializado, e rematerializado em corpo etérico sublimado, "angélico", ou segundo o Apóstolo Paulo "corpo glorioso" em demanda dos Céus ditosos, ou casas do Pai.
Paulo, e não o personagem histórico(ou simbólico), foi o verdadeiro fundador do cristianismo, e o termo cristãos advém da Antióquia que até então eram apenas chamados de Nazarenos. Para Paulo, Cristo não é uma personalidade e sim uma idéia. Pois se o ser humano está em Cristo, isto verdadeiramente falando, significa que ele morreu para ressuscitar como Chrestos triunfante e glorioso. Matar a porção do ego que o prende as coisas mundanas e libertar-se para as aspirações divinas é o dever de todo Iniciado. Neste caso suas conquistas físicas nada mais são do que conseqüências e não o objetivo final de sua vida, cuja concepção é transitória.
Nosso alerta é para os perigos da Idolatria religiosa a ponto de se acreditar que um dia existiu um ser único e privilegiado dos demais. Isto contradiz toda a Ciência Hermética e Cabalista. Os homens ungidos existiram e continuam a existir até nos dias atuais como disse Motta em Carta para um Maçon. Se você estudar minuciosamente o Antigo Testamento e o Novo Testamento verá que o desenvolvimento de um e de outro são proporcionais as fundações de Templos, em relação aos equinócios e solistícios, isto significa que o Novo Testamento foi escrito baseado nesses movimentos, analise, que a ressureição (equinócio da primavera no hemisfério norte) tem o seu significado místico quando o Sol renova a vida na terra após o inverno (morte). O nome Jesus entre os muitos significados atribuídos, significa em hebreu "Sol no céu", isto se pode pode confirmar. Assim percebe-se um tom alegórico minuciosamente estudado a dar vida ao personagem "histórico".
A Cruz sempre significou desde os primórdios o homem com os braços estendidos horizontalmente, símbolo de sua Origem cósmica. A manifestação é o três(como disse acima), na cruz o quatro, que somados 4+3=7, o setenário mágico onde o Sol é Manifestação do sétimo princípio, enquanto o quarto princípio é a Lua, saturada pelos vícios e degradações do corpo grosseiro ou físico, a Terra, cuja função de Iluminação advém do reflexo do brilho do Sol. Assim O Sol, a Lua e os sete planetas são a base dos mistérios da Iniciação; ou ainda 4x3=12, simbologia alegórica dos doze apóstolos, as doze provas da Iniciação, doze provas de hércules, doze signos do zodíaco. Assim a nós Ocultistas é perfeitamente compreensível a alegoria mística de qualquer religião.
Basta que se conheça os princípios. O que me surpreende é o desconhecimento de alguns estudiosos que se recusam a abrir os olhos no que se refere as verdadeiras intenções da Igreja de Constantino. A cruz é um simbolismo da vida eterna, compreendido pelos egípcios. No próprio estandarte da Igreja de Constantino vê-se o emblema de "Dan Escorpião", o P com o X embaixo, ou seja, um crânio com dois ossos cruzados ambaixo, símbolo da vida e morte, ou a necessidade das diversas vidas(existências físicas) e mortes, para a evolução da corrente da vida. Este o verdadeiro sentido da Ressureição, ou da Reencarnação se preferir. Então porque a Igreja negar a possibilidade da Reencarnação, porque coibir a todo custo tudo aquilo que significa progresso. Aos espíritas e demais espiritualistas que adotam a doutrina de Constantino, assimilam para si partes dos ingredientes nocivos e disformes do Egrégora criado por esta religião sobrenatural, que em nada colaborou para emancipação do espírito humano até o presente momento.
Não há necessidade real para se tomar um mito com padrões de idolatria. Beijar estátuas de gesso ou de madeira, idolatrar imagens distorcidas em vidros são atos de idolatria absolutamente dispensáveis. Ora, Jesus simbólico oferece as mesmas possibilidades doutrinárias que Sidarta (Buda), Krishna, Apolônio, Platão ou quiçá os escritos de Jâmblico sobre a vida de Pitágoras. Todos estes foram verdadeiros Iniciados, cuja história fora devidamente retratada. Todos esses tiveram em seus objetivos a emancipação da humanidade, mas que não necessitam de idolatria e muito menos de serem cultuados em sua filosofia eclética e Universal. (A palavra Católica para quem não sabe, significa Universal, palavra infelizmente amplamente distorcida.)
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